A história do empreendedor que criou a “Bolsa de Valores das Favelas”
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Gilson Rodrigues é criador do G10 Favelas e da bolsa de valores que traz investimento para empresas criadas na favela. Confira sua história no podcast
Desde pequeno, Gilson Rodrigues ouvia que estava fadado a virar “gente que não presta”. “Nunca conheci meu pai. Minha mãe e faleceu quando eu tinha nove anos e não tinham o que fazer comigo e com o meu irmão. Diziam que a gente tinha sangue ruim”, afirmou Rodrigues, que cresceu na favela de Paraisópolis (São Paulo), em entrevista ao podcast Do Zero ao Topo.
Na adolescência, o menino decidiu desafiar o destino: foi estudar e descobriu sua habilidade para liderar e empreender. Ele se tornou presidente da associação de moradores da comunidade, atraiu empresas e montou grandes projetos sociais que transformaram Paraisópolis em uma referência.
Há dois anos, Gilson também criou o G10 — bloco que reúne as 10 maiores favelas do país — para resolver problemas dessas comunidades e inspirar outras.
Entre as iniciativas mais recentes do G10 Favelas estão a criação de um banco e de uma “Bolsa de Valores das Favelas”. Lançado no início de 2021, o G10 Bank quer ser uma espécie de BNDES das favelas. Inicialmente o banco está oferecendo microcréditos e financiamentos voltados para empreendedores das favelas que possuem negócios com potencial para atuar em larga escala.
Já a “Bolsa de Valores” foi lançada no último dia 19 de novembro em parceria com a plataforma DIVI-Hub com a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de duas empresas. O investimento acontece por meio da compra de DIVIS — uma fração de um desses negócios — pelo preço de R$ 10 cada. O projeto tem autorização da Comissão de Valores Mobiliários — o xerife do mercado brasileiro — e o evento de lançamento contou até com o tradicional sino presente nas bolsas de Nova York e São Paulo, a B3. Confira a história completa no podcast.